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Coronavírus: como o mundo desperdiçou a chance de produzir vacina para conter a pandemia

  • Foto do escritor: Amauri Bezerra
    Amauri Bezerra
  • 11 de abr. de 2020
  • 2 min de leitura

María Elena Navas BBC News Mundo | 11 de abril de 2020

Em 2002, na Província chinesa de Guangzhou, um vírus desconhecido causou o surto de uma doença potencialmente letal. Os cientistas chamaram de Sars (sigla em inglês para síndrome respiratória aguda grave). Mais tarde, descobriu-se que o patógeno causador da doença é um coronavírus que se originou em um animal e se espalhou entre os seres humanos. Em alguns meses, aquele vírus se espalhou por 29 países, infectando mais de 8.000 pessoas e matando cerca de 800. Em todo o mundo, havia uma demanda geral para saber quando uma vacina para combater o vírus estaria pronta. Dezenas de cientistas na Ásia, Estados Unidos e Europa começaram a trabalhar freneticamente para criá-la. Vários protótipos surgiram, alguns dos quais estavam prontos para serem usados em testes clínicos. Mas a epidemia de Sars foi controlada e o estudo das vacinas contra o coronavírus foi abandonado. Anos depois, em 2012, outro coronavírus perigoso, o Mers-Cov, ressurgiu, causando uma doença respiratória grave, a Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio), que se originou em camelos e se espalhou para os seres humanos. Na época, muitos cientistas reiteraram a necessidade de uma vacina contra esses patógenos. Hoje, quase 20 anos depois da Sars, quando um novo coronavírus, o Sars-Cov-2, já infectou quase 1,5 milhão de pessoas, o mundo está mais uma vez se perguntando quando uma vacina estará pronta. Então, por que não aprendemos com os coronavírus anteriores a ponto de estarmos mais preparados hoje para a covid-19? E por que as vacinas não foram mais estudadas? 'Não estamos interessados'

Uma equipe de cientistas na cidade de Houston, nos Estados Unidos, continuou pesquisando e, em 2016, tinha uma vacina pronta contra um coronavírus. "Terminamos os testes e passamos pelo aspecto crítico da criação de um processo de produção em escala piloto para a vacina", diz Maria Elena Bottazzi, codiretora da Escola Nacional de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina Baylor e do Centro de Desenvolvimento de Vacinas do Hospital Infantil do Texas. "Então, fomos ao NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA) e perguntamos: 'O que fazemos para transferir rapidamente a vacina para a clínica?' E eles nos disseram: 'Olha, agora não estamos mais interessados'." A vacina atuava contra o coronavírus que causou a epidemia de Sars em 2002, mas, desde que a epidemia foi controlada, os pesquisadores nunca mais conseguiram financiamento. Mas essa não foi a única vacina suspensa por falta de dinheiro. Dezenas de cientistas em todo o mundo interromperam seus estudos devido à falta de interesse e fundos para continuar pesquisando. #AmajobeNews #Coronavírus #Covid_19

 
 
 

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